segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A aventura artística de Júlio Pomar

        Vendeu o primeiro quadro a Almada Negreiros por 100 mil réis. Tinha 20 anos e já conquistara o estatuto de artista. Seis décadas depois, Júlio Pomar continua a ter o vício da pintura. É também desenhador, escultor, escritor, porque tem o apelo de criar.

                                                                                                               http://ensina.rtp.pt/artigo/julio-pomar/
                            

                                                                                                                                                                                                                                                   http://www.porto.pt/noticias/a-felicidade-em-julio-pomar/



Sophia de Mello Breyner Andresen 




Sophia no olhar dos outros

"Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) foi uma das poetisas portuguesas mais respeitadas entre outros artistas e autores. São diversas as publicações, os filmes, as músicas e as peças que abordam as obras e a própria autora ..."





sexta-feira, 28 de outubro de 2016


"Bichos" de Miguel Torga é um universo desenhado em catorze contos, onde humanos e animais partilham características e também as vicissitudes da vida, colocando questões fundamentais sobre a sociedade e a própria existência.

Este clássico da literatura portuguesa, foi publicado pela primeira vez em 1940. Cada um dos catorze contos tem uma personagem: um animal humanizado ou um humano que é quase animal e todos vivem em luta com a natureza, Deus ou consigo mesmo.



Raul Brandão
  

«Vou primeiro ao Baleal, que é a mais linda praia de terra portuguesa. Não passa duma grande rocha desligada da costa e fundeada a trezentos metros— mas esta rocha é uma ossada, e talvez o último vestígio da Atlântida, saindo do mar azul a escorrer azul e presa à terra por um fio de areia que nas marés mais vivas chega a desaparecer. Deste ancoradouro, com uma baía ao sul formada pelo Carvoeiro e com outro côncavo ao norte entre a rocha e a costa, vê-se o esplêndido panorama da terra, do mar e do céu. Vive-se extasiado e embebido em azul, no meio do mar azul, no meio do mar verde, no meio do mar dramático. Voga-se em toda a luz do céu e em toda a cor do mar. Dum lado, o areal em circo e aquele grande morra estendido pelo mar dentro; do outro, até onde a vista alcança, todos os tons da costa, desde as labaredas das terras sulfurosas e as chapadas negras dos rochedos, com riscos de vermelho, até ao biombo que vai passando e desmaiando, primeiro roxo com aldeias ao sol e fundos verdes de pinheiros, depois transparentes até atingir o indistinto e o diáfano numa última palpitação de claridade nublosa». E tudo isto muda de cor e se transforma segundo as horas passam. Há momentos em que é doirado, de manhã ou à hora do poente. Há outros em que me sinto abismado em azul e atascado em azul. O movimento das ondas esmorece e acalma. À volta só luz e cor. A costa some-se. Uma apoteose de oiro e verde lá no fundo. Do horizonte à praia corre e cintila a esplêndida estrada do sol. E agora - reparem! reparem! - o mar é verde e o céu perdeu a cor...»

                                                                                                                           Agosto de 1919   (Raul Brandão, Os Pescadores)
                                                                                                                                              

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

                                   Ode ao MAR

Necessito do mar porque me ensina:
não sei se aprendo música ou consciência:
não sei se é onda ou onde ou ser profundo
somente rouca voz ou deslumbrante
suposição de peixes e navios.
O fato é que até quando estou dormindo
de algum modo magnético circulo
na universidade do marulho.

Não somente conchas trituradas
como se algum planeta estremecido
participara paulatina morte,
não, do fragmento reconstruo este dia,
de um cavaco de sal e estalactite
de uma colherada o deus imenso.

O que antes me ensinou eu guardo! É ar,
um incessante vento de água e areia.

Parece pouco para um homem jovem
que aqui chegou para viver seus incêndios,
e no entanto era um pulso que subia
e descia ao seu abismo,
o frio do azul que crepitava,
o desmoronamento de uma estrela,
o terno desprender-se de uma onda
desperdiçando neve com a espuma,
o poder quieto, ali, determinado
como um trono de pedra no profundo,
substituiu o lugar que acreditavam
tristeza tenaz, amontoando olvido,
bruscamente mudou minha existência:
minha adesão ao puro movimento.


                  
                Pablo Neruda




  Quando regresso do mar venho sempre estonteado e cheio de luz que me trespassa. Tomo então apontamentos rápidos – seis linhas – um tipo – uma paisagem. Foi assim que coligi este livro, juntando-lhe algumas páginas de memórias. Meia dúzia de esboços afinal, que, como certos quadrinhos do ar livre, são melhores quando ficam por acabar. Estas linhas de saudade aquecem-me e reanimam-me nos dias de Inverno friorento. Torno a ver o azul, e chega mais alto até mim o imenso eco prolongado... Basta pegar num velho búzio para se perceber distintamente a grande voz do mar. Criou-se com ele e guardou-a para sempre. – Eu também nunca mais a esqueci...

                                                                                       Raul Brandão, Os Pescadores





OCEANS 



 Océans é um documentário que mergulha  no mundo dos oceanos, revelando os mistérios escondidos nas águas, os hábitos de vida das criaturas marinhas e os perigos que as cercam. 








Género: Documentário
Realização: Jacques Cluzaud, Jacques Perrin
Banda sonora : Bruno Coulais
País de origem: França
2011: César do melhor filme documentário





segunda-feira, 17 de outubro de 2016

sexta-feira, 14 de outubro de 2016


Utilização da biblioteca 
por professor com turma


Modalidades de utilização do espaço/equipamentos:

1. Realização de pesquisas em livros na biblioteca
(Marcar o espaço com um mínimo de 24 horas de antecedência) *


2.  Utilização dos computadores para pesquisa na biblioteca
(Marcar a utilização com um mínimo de 24 horas de antecedência) *


3.  Utilização dos tablets para pesquisa na biblioteca/ em sala de aula
(Marcar a utilização com um mínimo de 48 horas de antecedência) *


4.  Colaboração da professora bibliotecária na atividade a desenvolver
(contactar a professora bibliotecária com a antecedência suficiente para se proceder à planificação da atividade)


5.  Utilização do espaço para realização de exposições/feiras
(marcar o espaço com a máxima antecedência possível, para assegurar a sua disponibilidade)


*Quanto maior a antecedência da marcação, mais segura é a disponibilidade do espaço/equipamentos.

   As turmas que estão a utilizar a biblioteca são acompanhadas pelos seus professores                 durante todo o tempo de permanência na mesma.

    Os equipamentos devem ser deixados, no final da aula, nos mesmos locais e                    estado  em que foram encontrados. 
    
     

                                                       A professora bibliotecária,
                                                               Teresa Serrano


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Projeto LER + MAR

     


      As turmas de 3.º e 4.º anos já iniciaram as sessões semanais na biblioteca, no âmbito do projeto Ler+Mar. Os 3ºs anos estão a explorar o texto poético a partir de excertos da obra Tudo é sempre outra coisa, de João Pedro Mésseder, com a criação e ilustração de frases relacionadas com o mar:
“As guelras dos peixes são os dedos dos meninos a nadar”, Afonso Pereira, 3.ºB
      A turma de 4.º ano está a iniciar o projeto de literacia da informação associado à aplicação do referencial Aprender Com a Biblioteca Escolar, sendo que ao longo do ano irão trabalhar pesquisa e tratamento de informação – Como Fazer um Trabalho de Pesquisa de A a Z – com o tema genérico O Mar.
Projeto Todos a Ler





   Os alunos da Educação Especial já iniciaram as sessões semanais na biblioteca, no âmbito do projeto Todos a Ler.
      O grupo 1 explorou as histórias Nham, nham, é um mundo de peixes que comem outros peixes, de Claire Bampton, e Os animais do mar para sentir, a partir das quais pintaram sardinhas e um fundo marinho.
     Os grupos 2 e 3 estão a explorar o texto poético a partir de excertos da obra Tudo é sempre outra coisa, de João Pedro Mésseder, com a criação e ilustração de frases relacionadas com o mar:    
“Há alguns peixes voadores que parecem um pássaro feito de escamas”, Micael Alves, 6.ºE


                                                                                                         Teresa Serrano



                                                                        

    Como é habitual, os alunos do 1.º e 5.º anos vieram à biblioteca, durante as duas primeiras semanas de aulas, para se familiarizarem com o espaço e conhecerem as regras de utilização e permanência na mesma. Os alunos do 1.º ano ouviram ainda a história É tão injusto, de Pat Thomson, e os do 5.º ano exploraram as coleções existentes nabiblioteca.

                                           A professora bibliotecária,
                                                Teresa Serrano